CBMAL

EMOçãO E ALEGRIA MARCAM FORMATURA EM HOMENAGEM àS PRIMEIRAS BOMBEIRAS MILITARES ALAGOANAS

  • 26/04/19
  • 12:04

Pioneiras do Fogo completaram 25 anos de serviço no último dia 20

 

Por Stephany Domingos

No dia 20 de abril de 1994, 63 mulheres enfrentaram pela primeira vez os desafios da profissão bombeiro militar. Seguindo as mesmas normas às quais os homens estavam sendo submetidos, praticavam tirolesa, rapel e comando craw em pista montada no pátio interno do estádio Rei Pelé, local onde funcionava o Centro de Ensino e Instrução do Corpo de Bombeiros. Recebiam aulas teóricas e práticas de Salvamento em Altura, Combate a Incêndio e Legislação Bombeiro Militar. No dia 29 de novembro de 1994, eram formadas as primeiras bombeiras de Alagoas, conhecidas como pioneiras do fogo.

 

25 anos depois as pioneiras são majores, capitãs, tenentes, subtenentes e sargentos e acumulam em sua bagagem notáveis resgates e salvamentos. São comandantes de guarnição, chefes de setores e estão sempre prontas para servir à sociedade alagoana. E no dia de hoje, 25 de abril elas estarão todas juntas, em forma, comemorando os 25 anos de serviço, doação e atendimento à sociedade alagoana como bombeiras militares.

A formatura contou com momentos muito emocionantes que arrancaram lágrimas de homenageadas e convidados. Elas receberam um botão de rosa e uma lembrança feita com muito carinho e a tropa do CBMAL desfilou em sua continência. Para o comandante geral da corporação, coronel André Madeiro, esta é uma data que ficará marcada para história do CBMAL: “Historicamente, o CBMAL se tornou uma das primeiras corporações do Brasil a inserir mulheres em seu quadro. Foram 63 mulheres que enfrentaram o desafio da profissão bombeiro militar e com esses desafios, enfrentaram também as adaptações às normas rígidas do militarismo. Uma semente foi plantada em 1994, essa semente floresceu e gerou novos frutos, frutos para os quais as pioneiras foram e serão sempre referência”, parabenizou o comandante.

 Inicialmente, assim que formadas, elas foram destinadas ao serviço burocrático. Somente em 1996 elas puderam tirar serviço operacional, para o qual foram treinadas. E após 25 anos  que estas bravas guerreiras abriram as portas, possibilidades surgiram e trouxeram um novo olhar às questões de gênero propiciando com isso uma reestruturação no processo de formação militar, abrindo espaço para que novas mulheres adentrassem e fossem inseridas no seio da corporação.

A capitã Amélia Sandes, uma das pioneiras homenageadas nesta formatura, teve a honra de ser a porta voz das pioneiras do fogo. Em seu discurso ela fez questão de lembrar com muito carinho das bombeiras que foram chamadas à presença do Pai, sargentos Joanilza e Valéria, e não puderam estar, em corpo e espírito,  neste momento de festa e alegria.

 

Ela também falou sobre o preconceito que sofreram. “Enfrentamos a desconfiança e resistência dentro e fora do trabalho. Então cobramos nossa igualdade profissional e passamos a compor e comandar as mesmas guarnições que os companheiros. Que vitória!”, falou emocionada a bombeira.