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DEFESA CIVIL ESTADUAL APRESENTA PLANO DE CONTINGêNCIA PARA O BAIRRO DO PINHEIRO

  • 18/01/19
  • 16:01

 

O plano apresenta os pontos seguros na região, pontos de encontro e rotas seguras para retirada de moradores em caso de incidente
 
 
Texto de Petrônio Viana com Defesa Civil Estadual
 
 

A coordenação da Defesa Civil Estadual apresentou nesta sexta-feira (18), juntamente com as coordenações, Nacional e Municipal, o Plano de Contingência de Proteção para o bairro do Pinheiro, em Maceió. A área que encontra-se sob risco iminente de um evento geológico de grandes proporções. O plano apresenta os pontos seguros na região, pontos de encontro e rotas seguras para retirada de moradores em caso de incidente, além de apontar as áreas de risco muito alto, alto, médio e baixo. 

  

De acordo com o coordenador da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Moisés Melo, a área do Pinheiro está sob monitoramento constante, realizado 24 horas por dia, para acompanhar qualquer movimentação de solo abaixo das residências. “Inicialmente, o Plano de Contingência está a cargo do município, e os entes estadual e federal entram com total apoio em qualquer necessidade e carência do município. Quando o município não suporta mais a possibilidade do desastre, é feita a convocação para que todos possam atuar nesse plano de contingência gigantesco. Ele serve para dar as diretrizes e orientações, não só para a população, como para integrar todos os órgãos envolvidos em busca de um só objetivo, que é a prevenção”, explicou. 

  

Ainda segundo o coordenador, dentro da prevenção a um eventual desastre na região, onde 190 famílias que moravam na área de risco muito alto já foram deslocadas. "Trabalhamos com todas as possibilidades, mas a parte mais forte hoje é a prevenção. Iremos solicitar que toda a população da área vermelha saia antes que comece a quadra chuvosa, que vai de abril até meados de agosto. Nessa área, nós temos cerca de 500 imóveis e estamos solicitando que a população se retire voluntariamente. Para aqueles que precisarem de aluguel social, nós já temos recursos disponibilizados pelo Governo Federal, no valor de R$ 1 mil por mês, para que essas pessoas possam alugar residência em outra região”, disse o coordenador da Defesa Civil Estadual. 

 
 
 

O Plano de Contingência aponta como pontos de encontro em caso de emergência o terminal de ônibus do bairro do Sanatório, na Rua Professor José da Silveira Camerino; o estacionamento da Casa Vieira, na Rua Tereza de Azevedo; as concessionárias Hyundai e Volkswagen, e o Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas (CEPA), na Fernandes Lima; a Praça Lucena Maranhão, na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, no Bebedouro; e a sede do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), na mesma avenida, no bairro do Mutange. A base de comando de todas as equipes envolvidas no problema será o quartel do 59º Batalhão do Exército Brasileiro, onde acontecerão também todas as reuniões para tratar do assunto. 

  

“O Cepa será o ponto de encontro principal, onde será montado, se necessário, um hospital de campanha com o apoio do Exército, e uma base do SAMU, que já tem sua sede muito próxima ao Cepa. Mas, caso haja um outro tremor, a população deve se deslocar para o ponto de encontro mais próximo da sua residência, entre os que estão estabelecidos. Não vamos interditar a avenida Fernandes Lima em situação nenhuma, mas o Bebedouro poderá ser fechado se houver necessidade”, observou Moisés Melo. 

  

Dentro do plano, a coordenação-geral fica a cargo do Governo do Estado e da Defesa Civil Estadual. A coordenação executiva fica com a Defesa Civil Estadual, Municipal e Nacional. Dessa coordenação executiva vai partir a solicitação de recursos, salvamentos e a parte logística para atender a população, a parte social, de acomodação, alojamentos, o que for necessário.  
 
 
Segundo Moisés Melo, o principal risco para o bairro no momento é a acomodação de solo abaixo das residências, que pode resultar em desabamentos. “Caso aconteça algo, a resposta será dada de imediato. As equipes serão acionadas sempre que forem constatados indícios de aumento de risco como o aumento das fissuras no solo. Esse é um dos pontos que estão sendo monitorados diariamente. Nesse caso, será dado o alerta para que possamos nos reunir a qualquer hora e também acionar as equipes de salvamento”, detalhou Melo.  De acordo com os estudos da Defesa Civil Estadual e Municipal, dentro da área vermelha, de risco muito alto de acomodação do solo, estão 1.824 pessoas em 493 residências. Na área laranja, de risco alto, estão 4.285 pessoas em 1.158 residências. Na amarela, de risco médio, estão 1.203 pessoas em 325 residências. Na área apontada como de baixo risco, foram registradas 12.787 pessoas em 3.456 residências.
 
Imagens de Felipe Brasil

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